quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Obras soltas de Azerion 1

Perco a fé nos meus passos, cada passo que dou mais escuro fica e o ambiente à minha volta se transforma, como se de uma bola de muitas cores este mundo se trata-se, cada cor um significado cada pessoa um ser, uma alma, eu? sem cor, sem gesto, sem emoção.

Perco a fé no meu ser a fé no meu mundo, ele cai perante mim e peça a peça como um puzzle por montar ele cai no vazio, pego pedaço a pedaço e construo de novo o meu mundo, cada vez perco mais peças e cada vez perco a fé de um mundo perfeitamente redondo, ficam sempre estas partes de fora, estas e aquelas...

quando volta tudo ao normal volta-se ele a cair, cada vez um objecto disforme mais pequeno, sem sentido, com menos cor, com menos brilho, choro de dor e grito por tudo aquilo por que lutei mas mesmo assim nao perco a coragem de juntar mais uma vez essas peças antes que caiam num abismo escuro e sem retorno. Procuro....

Procuro esperança no fim da linha, procuro que o mundo não se acabe e que a vida não perca cor, olho-me para dentro e vejo-me sujo vejo que estou cheio de terra e que é algo que não consigo tirar, não sei o que se passa, corro com a forma disforme nas mãos ao mesmo tempo que grito em desespero, não posso largar o meu mundo, penso eu, então eu paro...

Esta terra é o meu mundo, é por aqui que quero ficar, pois eu sou o meu mundo e cada um de nós é um mundo, um planeta com mais forma que o exterior, um mundo novo que todos nós temos a possibilidade de segurar e criar, e se um dia eu precisar de criar um mundo novo tudo o que eu preciso está dentro de mim









pois cada pessoa molda o seu mundo a sua maneira



largo a forma disforme que cai no vazio para nunca mais a encontrar.....

Azy

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